sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Jornal Voz da Periferia

Veja abaixo a íntegra do Jornal Voz da Periferia. (Para visualizar melhor, clique em full)

(Lembrando que os direitos são reservados sob o selo Creative Commons - mais detalhes sobre os termos de uso aqui)

Jornal Voz da Periferia - publicação
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Publicidade no jornal
OBS: Lembramos que todas as publicidades no jornal foram autorizadas pelas respectivas empresas, sem nenhuma negociação financeira, apenas para efeito acadêmico. No caso da GOL, a publicidade foi estimulada pela matéria do portal Exame (http://bit.ly/9ZE1lw), que dizia que a empresa iria vender passagem de porta em porta na periferia. Entramos em contato, relatamos o projeto e a GOL autorizou a publicidade, assim como as demais empresas. Todos esses pontos foram detalhados no TCC. A apresentação abaixo é apenas um pequeno resumo do trabalho.

Projeto Editorial - Jornal Voz da Periferia

Veja um pequeno resumo, das mais de 150 páginas do TCC apresentado. A síntese abaixo apresenta o projeto editorial do Jornal Voz da Periferia. (Para visualizar melhor, clique em full)

(Lembrando que os direitos são reservados sob o selo Creative Commons - mais detalhes sobre os termos de uso aqui)

Jornal Voz Da Periferia
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Publicidade no jornal
OBS: Lembramos que todas as publicidades no jornal foram autorizadas pelas respectivas empresas, sem nenhuma negociação financeira, apenas para efeito acadêmico. No caso da GOL, a publicidade foi estimulada pela matéria do portal Exame (http://bit.ly/9ZE1lw), que dizia que a empresa iria vender passagem de porta em porta na periferia. Entramos em contato, relatamos o projeto e a GOL autorizou a publicidade, assim como as demais empresas. Todos esses pontos foram detalhados no TCC. A apresentação acima é apenas um pequeno resumo do trabalho.

EDITORIAL

A "outra" periferia
Tantas são as periferias de São Paulo, quantos moradores, tantos lutadores. E o que se mostra na TV, no rádio, nos jornais? Violência e outros fatos negativos. Mas nós sabemos que existem muitas coisas diferentes, positivas e interessantes para se mostrar nas comunidades. E você também deve saber disso. Foi por este motivo que nasceu a idéia de criar o jornal Voz da Periferia.

Nesta primeira edição conhecemos histórias interessantes, a maioria faz parte do dia-a-dia da comunidade, mas são interessantes pela simplicidade. Como moradoras da periferia conhecemos muitas dessas histórias, mas agora encaramos com um novo olhar.

Personagens como o sr. Zagatti, que criou um cinema com materiais encontrados no lixo, Silva, do Rio Claro, que fundou um time de futebol em São Mateus, Cristiano Silva, que mesmo com deficiência física pratica esportes, e tantos outros. São pessoas que têm tanto para falar, tanto para lembrar.

Em todos os bairros que visitamos, Heliópolis, Brasilândia, Pirituba, Paraisópolis e São Mateus, fomos bem recebidas. Sempre tinha alguém para ser nosso guia no bairro, e com essas pessoas conhecemos muitas outras.

Cada final de semana em um bairro, cada semana uma história.
E foram tantas que não podemos escrever todas que conhecemos, mas são suficientes para afirmar que a periferia tem condições de manter um jornal. Ela por si só, tem histórias suficientes para encher muitas páginas, e muitas outras pessoas interessadas em conhecer esses relatos e notícias.

Muitas das pessoas que conversamos sempre diziam a mesma coisa: “Vocês estão fazendo um jornal sobre a periferia? Peço uma coisa, não fale só de tragédia e violência”. Essa era a frase mais comum. Sabíamos que essas pessoas estavam cansadas da forma como são retratadas pela grande mídia, e por esse e outros motivos, decidimos elaborar este jornal.

Hoje, grande parte dos meios de comunicação relaciona a palavra “Periferia” a pontos negativos e coisas trágicas. Diante deste fato decidimos “reverter” essa imagem, pois, sabemos que na periferia existem pontos positivos e assuntos que infelizmente são deixados de lado. É claro, sem omitir fatos negativos, mas esse não é o foco desse jornal.

Apostamos também que através da informação é possível promover conhecimento de direitos e conquista da cidadania. Por isso abrimos espaço para o leitor, com interação entre o jornalista e a comunidade, o que resultou em experiências, lições de vida, lembranças engraçadas e conhecimentos que serão guardados eternamente.

No Voz da Periferia você vai encontrar assuntos como saúde, esporte, política, dinheiro, cultura, trabalho e educação, com um grande diferencial, todas as matérias evolvem a periferia de São Paulo. Toda a semana você poderá conferir entrevistas exclusivas com pessoas que fazem ou fizeram história na comunidade.

Além de todos estes assuntos, você também pode participar do jornal. Na página Seu Espaço, qualquer pessoa pode enviar uma foto da sua comunidade, uma charge feita por você, poesia, uma dica de algo que entenda ou goste, além de reclamações e sugestões para a melhoria do seu bairro.

Contamos com você! Venha fazer parte e seja a Voz da Periferia!

ARTIGO


Meu sobrenome Buzo vem do meu avô italiano. Na escola, faz tempo, os moleques me zoavam porque tinha na TV o palhaço Bozo, então eu escondia o sobrenome, mas não tinha como fugir na hora da chamada, aí já viu: - Alô criançada, o Bozo chegou... Ninguém nunca havia me chamado de Buzo, até que...em vez de virar bandido, virei escritor.

Digo que não virei bandido, porque sempre estive muito próximo do crime e na adolescência fui usuário de drogas, cocaína, tinha tudo para me afundar, mas dei a volta por cima. De 2001 em diante, lancei meu primeiro livro, em dezembro de 2000, por causa do nome na capa, “Alessandro Buzo”, muita gente passou a me chamar de Buzo e pegou, por onde ando, ouço: - E aí Buzo?

Em 2007, na produtora de videos DGT Filmes, onde eu trabalho, mandamos para TV Cultura um projeto chamado BUZÃO – CIRCULAR PERIFÉRICO, que era um programa de meia hora, onde eu, Buzo, chegava na quebrada de “Buzão” (ônibus) e mostrava 3 cenas bacanas do lugar.

Começo de 2008 e o quadro “Mano a Mano”, apresentado pelo Rapin Hood, dentro do programa Metrôpolis da TV Cultura, iria virar um programa, chamado “Manos e Minas” e a TV entrou em contato, explicando que nosso projeto era bom, mas a TV não colocaria dois programas de periferia de uma vez no ar, se a gente não queria adaptar nosso projeto de programa para quadro do novíssimo “Manos e Minas”, topamos na hora, eu, Maurício Falcão, Sérgio Gagliard e Toni Nogueira, minha equipe DGT.

Gravamos um piloto no Itaim Paulista, onde moro, e mandamos. Foi aprovado e estávamos dentro, mas infelizmente o piloto não viria pro ar, com certeza teríamos que voltar ao Itaim Paulista. Mas gravamos o primeiro quadro em Pirituba, zona oestede SP, com o Michel da Silva de acompanhante, fomos no parque, trocar idéia com o RZO, fomos na Biblioteca Comunitária e no Sarau Elo da Corrente, foi ‘loko’ gravar e ver na TV.

Já tinha passado algumas várias vezes na TV, mas agora era eu que apresentava, e mais: faço a produção, e é um corre maravilhoso de fazer, armar, articular em toda quebrada que vamos, e mais, pessoas como Heloísa Buarque de Hollanda, Xico Sá e outros, acham que estávamos registrando a história periférica de uma época, sei lá se é tudo isso, acho até que é, deve virar um filme, sei não.

Nosso segundo quadro que foi pro ar, gravamos no Rio de Janeiro, a princípio eu já iria, para gravar o Programa Suburbano Convicto, que apresento no Site da DGT (www.dgtfilmes.com.br). Mas no meio das idéias com nosso entrevistado, virou o quadro pra TV e falamos com ele que iríamos, mas em vez do site, jogaríamos na TV e assim foi com MV Bill na Cidade de Deus, fomos (eu, Toni, Gag e Marilda) de carro, muito bom ter ido e conhecido a CDD com o Bill que nos recebeu muitíssimo bem. Depois veio o Parque Bristol com o Terno. E finalmente no quarto quadro voltamos ao Itaim Paulista, afinal tinha dado sorte ao piloto e não tinha ido pro ar, de novo o Beto Guilherme, sambista meu amigo, foi o nosso acompanhante. Depois veio Chacará Santana, Jd Brasil, Fundação Casa – Unidade Itaquera, Osasco, Jardim Leme, Bixiga, Suzano, Heliópolis e vamos gravar agora em Itapevi, Diadema, Praia Grande e por aí vai, de quebrada e quebrada de Buzão, na fé e na disposição, mostrando a vida real na TV, mas não como sempre foi mostrada, no Datena e tantos outros, e sim a periferia que cria.

E por mais ‘loko’ que possa parecer a TV apostou, claro que ser a TV Cultura, referência de qualidade, ajuda bastante. O próprio programa, apresentado por um negro da periferia, meu ‘cumpadi’ Rappin Hood, que está toda quarta-feria no ar, em horário nobre (19h30), evolução. Revolução sem o (R).

Como diria o meu amigo Thaíde, “vamo que vamo que o som não pode parar”.

Acesse ainda:
www.buzao.blogger.com.br, para saber mais do quadro e assistir os que já foram pro ar, e o Suburbano Convicto (www.suburbanoconvicto.blogger.com.br), para saber dos corres desse que vos fala.

Um abraço a todos e ‘tamos’ aí, nos livros, na TV.
Tudo nosso !!!!
Alessandro Buzo
alessandrobuzo@terra.com.br


*Alessandro Buzo é escritor, morador do Itaim Paulista e apresentador do quadro Buzão – Circular Periférico, do programa Manos e Minas, da TV Cultura. Autor dos livros O Trem - Baseado em fatos reais (2000), Suburbano Convicto - O Cotidiano do Itaim Paulista (2004), O Trem - Contestando a versão Ofi cial (2005), Guerreira (Global editora - 2007), Favela Toma Conta (Aeroplano Editora - 2008), e organizador das coletâneas literárias: Suburbano Convicto - Pelas Periferias do Brasil (2007) e Pelas Periferias do Brasil - VOL II (2008).

SEU ESPAÇO

Veja as cartas que foram enviadas pelos nossos leitores:



Gostaria de denunciar um hospital que se diz ‘público”, mas não são todos as pessoas que podem usar, pois só atendem casos de emergência, não há um atendimento regular para outros casos e se não bastasse, o estacionamento é pago, é ridículo o descaso com a população. “A periferia que morra”. Esse Hospital é o M’ Boi Mirim.
Margarete Santos, dona de casa - Jardim Ângela


Não concordo com a falta de respeito dos motoristas de “lotação” com os idosos. Os motoristas evitam parar para os idosos, muitos os deixam esperando na rua. A tal falta de respeito por parte deles vem ocorrendo com freqüência não só comigo, mas com muitos vizinhos. Não pensam que um dia serão todos idosos também?
João Almeida, aposentado - Capão Redondo

Denuncio o descaso da polícia em Itaquera. Em frente a delegacia (106º DP) existe uma sorveteria que aos finais de semana fica lotada e atrapalha o movimento, com carros e motos em alta velocidade, motoqueiros sem capacetes, sem habilitação. Será que essa impunidade, deve-se ao fato do dono da sorveteria ser parente de um delegado da 106º DP? Bem, fica aqui registrada a minha indignação...
Antônio Carlos, desempregado - Itaquera

SEU ESPAÇO

DICA DA SEMANA
Arborização Urbana

Sempre que pensarmos em plantar uma árvore, em frente a nossa casa, precisamos lembrar que existem profissionais que conhecem este assunto (Eng. Agrônomo, Técnico Agropecuário), em todas as sub-prefeituras há estes profissionais. Assim sendo é de total importância consultá-los, para evitar problemas futuros, como árvore estourando calçada, atingindo a fiação elétrica, cobrindo a iluminação das ruas. Que arborizemos nossa cidade, mas com muita responsabilidade.

Ulisses Bezerra - São Mateus
Técnico Agropecuário/Agente comunitário

SEU ESPAÇO


Por: Luiz Fernando Silva Cordeiro
Fones: 9409-2506 // 8234-2228

SEU ESPAÇO

O projeto Reggae na Rua nasceu da união de bandas de reggae da Cohab II – Itaquera, que buscavam meios de divulgar seu trabalho, e ao mesmo tempo, de oferecer uma opção diferenciada de lazer/entretenimento, cultura/informação para a comunidade.

Com o passar do tempo, o projeto começou a abrir espaço para que outras bandas independentes de reggae, de outras regiões de São Paulo também pudessem divulgar seu trabalho e passar suas mensagens para a comunidade da Cohab II, que hoje em dia aprecia muito a filosofia reggae/rastafari.

Quebrando preconceitos e condicionamentos impostos pela sociedade. Hoje o reggae na rua leva cultura e informação para o povo da periferia, oferecendo uma vez por mês uma opção diferencial de entretenimento, mostrando que é possível transformar realidades através da música e da arte.

O Reggae na Rua acontece sempre no 4º domingo do mês, antes das apresentações das bandas são realizadas atividades de recreação infantil, empréstimos de livros e teatro.

Fernanda Cristhiane Casimiro, estudante - Itaquera
Fone para informações: (11) 8363-9585